terça-feira, 22 de fevereiro de 2011
Mangalarga Paulista
Mangalarga Paulista
HISTÓRIA E ORIGEM
Esta raça também é genuinamente brasileira e teve seu início em meados do século XIX. “O cavalo está de tal forma ligado ao homem que quem quiser conhecer a história de um basta conhecer a do outro”. Esta afirmação cabe perfeitamente ao Mangalarga e a família Junqueira, criadora desta raça. Seu nome deve-se ao andamento levemente alçado, de passadas longas e elegantes. Dos cavalos Alter vindos com Dom João VI, alguns garanhões foram parar na mão do Junqueiras no Sul de Minas Gerais e acasalados com as éguas já existentes, deram origem ao Mangalarga. Provavelmente é descendente direto do Mangalarga Mineiro, que quando foi trazido para o Estado de São Paulo, sofreu influência de animais da raça Árabe, PSI e Anglo Árabe. Como o relevo de São Paulo é menos acidentado que a topografia do Estado de Minas Gerais, o Mangalarga Paulista tornou-se mais esguio e de formas mais harmoniosas que o Mangalarga Marchador (Mineiro). A principal diferença entre as raças é o tipo de andadura, onde o Mangalarga Paulista apresenta a marcha trotada, não sendo tão dura quanto o trote e nem cômoda quanto à marcha picada ou batida do Mangalarga Marchador (Mineiro). Sua marcha, trotada, é um andamento em bípede diagonal, de dois tempos, com diferença que o tempo de suspensão para a troca de apoios é o mínimo necessário, diminuindo o atrito na vertical.
Sua grande expansão se deu através da característica dos andamentos com base na marcha. A associação brasileira de criadores da raça foi fundada em 1934, onde se procurou orientar a seleção para a fixação da marcha trotada.
CARACTERÍSTICAS
Eumétrico, retilíneo, mediolíneo, eclético e versátil, o Mangalarga, partícipe da história da pátria, forjado pelos Junqueiras e enriquecido pelos demais criadores, é um eloqüente exemplo da nossa capacidade criativa.
Criado com certos cuidados, mas sem sofisticações, tradicionalmente é empregado por sua firmeza, resistência e agilidade, no serviço de lida com o gado. Da ginástica funcional obtida na prática da cinegética, resultou sua disposição e facilidade para saltar e por isso é encontrado com freqüência nas sociedades hípicas. É um dos cavalos preferidos para passeios. Quem o conhece de longe o distingue pelo seu andamento elegante e cômodo e também pela sua postura elevada de pescoço e cabeça, denotando orgulho e altivez, como, aliás, é digno de quem merecidamente é chamado “O Cavalo de Sela Brasileiro”.
Frente leve, com pescoço bem dirigido e descarnado. Paleta inclinada e comprida. Tronco forte, com linha dorso-lombar retilínea e paralela à linha do solo. Costelas amplas e bem arqueadas. Lombo curto e boa cobertura de rim. Peito amplo e profundo. Garupa forte, ampla e comprida. Membros fortes, bem estruturados e aprumados com articulações grandes e tendões nítidos.
Caracteristicamente os animais desta raça têm uma andadura macia e confortável para o cavaleiro (marcha trotada). Durante a marcha, estes animais descrevem um semicírculo com os membros anteriores, tendo uma boa elevação dos membros posteriores. Durante a movimentação o Mangalarga Paulista alterna entre o apoio diagonal e lateral, sempre entremeados com um breve período: chamado tríplice apoio, ou seja, três membros apóiam ao mesmo tempo.
Os animais da raça Mangalarga Paulista possuem uma grande adaptabilidade às diferentes condições climáticas e aos mais diversos tipos de terreno. DESCRIÇÕES
- Altura (cm): 147 a 157. - Porte: leve a médio. - Pelagem: todas, mais comumente a alazã, castanha e tordilha. - Uso: principalmente Sela. - Perfil/Cabeça: reto. - Musculatura: leve. - Região: sudeste — Brasil. - Meio ambiente: tropical — temperaturas elevadas.
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Não dá para ler a história mude a cor das letras
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